Qual origem do
nome da banda? Como a família reagiu ao saber que escolheram estar no mundo da
música? (Alessandra Pereira | Anchieta/RJ)
Everton: Bem,
Alessandra, o nome da banda se refere àquilo que queremos deixar nesse mundo:
nossa voz, ecoando pelas eras, algo eterno, levando essas mensagens por
caminhos infinitos. A arte sobrevive ao tempo, sobrevive e resiste a todo tipo
de modismos e rotulagens.
Sobre nossas famílias, posso dizer que: “entender, aceitar, acreditar e apoiar”
dificilmente se encontram juntos numa mesma frase quando esse é o assunto. Mas
o mundo é, às vezes, o que nos mostraram dele, então cada um, com seu infinito
próprio, torna finitas suas próprias possibilidades. O importante é que fazemos
isso por eles também.
Qual a
filosofia da banda? E, quais os planos de vocês para depois do lançamento do
CD? Que, claro, vai ser um sucesso... (Adriana Victoria | Belford Roxo/RJ)
Everton: Bem, Dri, obrigado pela vibração positiva! Vamos
lá! Essencialmente a banda fala, ou pelo menos tenta com muita vontade,
expressar o que existe no mais íntimo do nosso ser, e não só do nosso ser
individual. Não estamos divulgando uma simples ideia de revolução baseada em
lutas desnecessárias. A banda fala de amor, o amor primordial, o amor original,
que abraça o outro, que abraça a natureza e que liberta dos padrões que
encarceram o ser. A visão expandida e cristalina, que atravessa o tempo e
encurta as distâncias!
Sobre os
planos, na verdade todos eles estão envolvidos com shows e mais shows!
Estabelecer o AeternA como uma banda que veio pra fazer diferença, deixar uma
marca boa e vanguardista na história e promover a grande e tão mal difundida, e
interpretada, LIBERDADE!
Everton: Hey,
Dani! Bem, acredito que posso falar pela banda quando digo que o momento mais
difícil que passamos foi após o falecimento do nosso grande amigo/pai/produtor
George Estefane. A banda ainda se chamava LágrimAcústica e ainda fazíamos um
som ainda mais experimental. Naquele momento nosso mundo veio abaixo, surgindo,
mesmo que delicadamente, a ideia angustiante e sufocante de desistência. Foi
preciso ser muito forte pra suportar a ausência física e o vácuo que se
instalou em nossas vidas naquele momento. Mas conseguimos manter a chama acesa,
e fomos logrando degrau por degrau, e hoje estamos muito bem até, felizes e
trabalhando com nosso amigo e produtor Miguel Michalski, além de estarmos sendo
endossados pela luteria MMichalski.
Everton: Querida
Fernanda, a banda AeternA não é, na sua estrutura, uma banda de símbolos, mas
sim de significados! Um dia desses postei o porquê de usarmos a cor vermelha
nos símbolos, porque ela representa resistência, luta e força. Nossos símbolos
principais: o triangulo vermelho e o círculo e o triângulo invertido ao centro
(que chamamos de Neo-Atrahasis) mostram um pouco de tudo o que falamos em
nossas letras, artes e músicas: uma nova visão da vida, a forma como resistimos
a um mundo onde o nosso melhor é levado muito cedo. Sintetizando: nossos
símbolos são baseados em ensinamentos muito antigos, e até esquecidos, e isso
se alia a tudo o que pensamos e a essa forma mais moderna, mas não menos
verdadeira, de falar sobre um mundo que muitos acreditam utópico, onde somos
apenas essas crianças do cosmos, integradas a natureza e a um universo de
probabilidades infinitas e maravilhosas.
Gostaria de saber o que te
inspirou na música “O Dia Sem O Amanhã”, pois eu amo essa música demais! (Kelly Brandão | Anchieta/RJ)
Everton: Olá,
Kelly, muito obrigado! A música ODSOA fala sobre como precisamos focar nossa
visão no agora, o amanhã é um vislumbre e o ontem uma fagulha da lembrança, e
podem ser poderosos, mas o agora é o que precisamos observar. Não dá pra viver
uma vida focada na irrealidade, ao menos nesse plano físico precisamos nos
convencer de que toda nossa vida é agora e que existem pessoas precisando de
nós nesse instante. Existe um mundo agonizando e temos que vencer toda a
mentira que nos foi contada. ODSOA também é um recado a líderes, e um recado ao
mundo, e sintetiza bastante o trabalho da nossa banda, tanto lírico quanto
musical.
Todas as ideias
do tipo: textos e letras tem participação na íntegra de todos? Ou cada
integrante tem o seu papel? (Joana Freitas | Bangu/RJ)
Everton: Olá,
Joana! Bem, desde a formação da banda eu
sou o letrista e principal compositor. Mas o Julio (Piotto), também compõe ótimos
arranjos, e acaba sempre acontecendo de nos juntarmos pra montar os arranjos. Existem músicas que nascem como simples arranjo de voz/violão e acabam
se tornando suítes sofisticadíssimas! Então quando montamos um projeto, que vai
vir a ser uma música específica, já escrevemos o arranjo de cada instrumento.
E, quando passamos pros outros membros da banda, eles fazem uma leitura
particular daquela determinada área e isso dá essa “vivacidade” ao nosso som,
faz com que soe homogêneo e muito rico.
Quais são as influências da banda? Quais foram os sons que inspiraram a composição desse trabalho? (Thais Oliveira | Lima - Peru)
Quais são as influências da banda? Quais foram os sons que inspiraram a composição desse trabalho? (Thais Oliveira | Lima - Peru)
Everton: Querida
Thais, existem muitos fatores que nos influenciam: músicas, bandas, livros,
experiências pessoais e interpessoais, um som específico da natureza ou da cidade,
pessoas... Enfim! Se fosse citar 5 bandas que influenciam diretamente nosso
trabalho, seriam: Pink Floyd, U2, Led Zeppelin, 30 Seconds To Mars e Kadawatha.
No single “O Dia Sem O Amanhã” nos aproximamos de uma linha mais atmosférica. Já
no EP “Resista” estamos um pouco mais pesados e diretos, mas não menos
melódicos. Mas nossa experimentação nunca para, a busca pelo timbre e efeito ideais
nunca acaba.
Everton: Eu
poderia dizer, Grazi, que seria explorar os limites da performance, levar algo pra
humanidade que não seja um produto, mas fruto de verdade inestimável, e que
isso possa contribuir pra evolução verdadeira e não só uma voz rouca falando de contracultura e
multi-midiática liberdade. As pessoas se confundem muito facilmente nesse
caminho, é muito simples você acabar tocando por cifras e não pelo propósito
real. Espero que consigamos atingir os nossos ideais! Um deles é: massificação
não-manipulativa da não-obrigatoriedade! Liberdade é libertar!
Quem vocês
gostariam que assistisse a um show da banda, ou fizesse uma participação
especial? (Emídia Pereira | Campo Grande/MT)
Everton: Bem,
Mi, eu gostaria muito de tocar num
evento junto com U2, Pink Floyd, Beatles, Jimi Hendrix, Led Zeppelin, Michael
Jackson, 30 Seconds To Mars, Kadawatha... Com a maioria não vai ser mais
possível rsrs... Bem, não seria nada mal cantar uma música com Anneke Van Giersbergen
(Ex The Gathering), Simone Simons (Epica), o Daniel (Kadawatha) ou mesmo o
Jared (30STM), dividindo alguma música comigo.
Everton: Hey,
Tati! Eu posso dizer, por mim, que espero estar trabalhando muito com a banda,
e com os projetos que derivam dela: livros, projetos sociais, projetos
musicais, e por aí vai... Acredito que posso falar por todos quando digo que
queremos estar juntos, fazendo muito som e sendo parte da transformação do
nosso mundo!
Everton: Basicamente:
VERDADE! Somos apenas esses caras que se importam, e que tocam querendo
alcançar as pessoas, porque somos todas elas também. Queremos que o Dreamers
futuramente funcione como uma ONG, levando ajuda quando possível,
auxiliando no “despertar” das pessoas também. Afinal a arte acorda os instintos
mais profundos da essência do ser, logo, quando descobrirmos quem realmente
somos, vamos olhar o outro com esses olhos cristalinos e perceberemos que parte
de nós esta em tudo a nossa volta, isso significa que quando maltratamos um
animal, machucamos a nós mesmos, isso vale a qualquer outro ser vivo e a nossa
linda mãe natureza! Então posso dizer que o legado que o AeternA Infinite Rock
quer deixar é tudo aquilo que não pode ser comprado, mas está sendo corrompido:
Pureza, verdade, lealdade, liberdade! Estamos lutando por isso!
Obrigado a todos que dão suporte ao nosso sonho com amizade, carinho, atenção! Nos vemos na estrada!!
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